sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A FORÇA JOVEM CHEGA À UNIVERSIDADE

Em 1º de outubro de 1992, no jogo Vasco x Bangu pelo Campeonato Estadual de Futebol, no Estádio de São Januário, foi inaugurado o primeiro bandeirão da Força Jovem, até então o maior do Brasil. Nele figurava um gigantesco Eddie, o mascote da torcida, tal como na capa do disco “The Number of the Beast”, sobre uma caravela, uma alusão ao navegador Vasco da Gama.

Em 25 de Janeiro de 1993, foi criada a Família UERJ, a 13º Família, o primeiro núcleo de uma torcida organizada a funcionar dentro de uma universidade do Rio. Ela era formada por estudante de vários cursos.

A ideia da criação da “família” foi dos estudantes de Filosofia Jorge e Wevergton. “O propósito básico deste grupo de torcedores era acabar com a imagem distorcida que muita gente tem da Força Jovem do Vasco, é fazer com que os torcedores tradicionais, aqueles que levam mulheres e filhos, possam voltar a frequentar as arquibancada do Maracanã. Estamos mostrando um novo ângulo das torcidas. Nele, violência é combatida em todos os níveis”, diz Armando estudante de Comunicação Social. (FONTE, ano, página).

Em 25 de outubro de 1994, o Presidente da Força Jovem Antônio Brás denuncia a polícia e expulsa três componentes por causa do excesso de agitação na torcida. Em novembro, possivelmente como consequência do episódio, a Suderj, Superintendência dos Estádios do Rio de Janeiro, que administra o Maracanã, baixou um “pacotão contra a violência” e acabou com as salas das torcidas no estádio, que eram usadas há mais de 20 anos.

As torcidas organizadas não sofreram interdição, embora esse fosse o objetivo de alguns órgãos administrativos do Estado do rio de Janeiro na época. Na gestão de Raul Raposo, presidente da Suderj durante o Governo Marcelo Alencar (1994-1998), foi proibida provisoriamente a entrada no estádio do Maracanã de faixas, bandeiras e instrumentos de repercussão pertencentes às torcidas organizadas.

Diante da pressão dos órgãos do Governo do Rio, semelhante à que ocorria também no Estado de São Paulo, os presidentes das torcidas organizadas cariocas decidiram reformular a sua base estatutária, registrando-se juridicamente como grêmios recreativos e movimentos culturais. Assim surgiu o Grêmio Recreativo e Torcida Organizada Força Jovem do Clube de Regatas Vasco da Gama. As torcidas procuraram, na época, seguir o modelo das escolas de samba do Rio de Janeiro e dos movimentos sociais mais abrangentes do país, com vista a buscar a sua legitimação como organização.

Em 1996, a Força Jovem fundiu-se com outra torcida organizada, a Força Independente Vascaína, ficando ainda maior. Por outro lado, várias torcidas se formaram ao longo dos anos a partir de dissidências da Força Jovemjcomo a Anarquia nos anos 80, a Mancha Negra em 1998 e a Ira Jovem, em 2006 e Guerreiros do Almirante, em 2006.

Um comentário:

  1. Nota: O movimento "Guerreiros do Almirante" não foi uma dissidencia da Força Jovem Vasco... Foi apenas uma nova proposta de torcida feita por um grupo de vascaínos que achavam que o modelo "barrabrava" se encaixaria bem na nossa arquibancada,sendo que deste grupo, muitos sequer fizeram parte da FJV um dia... A maior prova de que não somos uma dissidencia, é o fato de que nunca tivemos qualquer conflito com a FJV(assim como as demais torcidas do Vasco), sempre houve um grande respeito entre as partes...

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